Poupar para a reforma: onde investir |
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Com maior ou menor risco, pode adequar o investimento em produtos financeiros, como seguros de capitalização, fundos de investimento e planos de poupança-reforma, entre outros, ao seu perfil e período de aplicação. Se tiver um património considerável, também pode aplicar no setor imobiliário ou em ações.
Quanto mais longo for o prazo, mais importante é a rentabilidade. Por exemplo, se poupar € 50 por mês a partir dos 40 anos, obtém um capital acima de € 25 mil aos 65 anos (considerando uma rentabilidade média de 4% ao ano). É preferível constituir uma poupança pouco a pouco do que adiar esta decisão. Consegue atingir uma poupança considerável a partir de quantias reduzidas.
Não aplique todos os montantes em produtos a longo prazo. Corre o risco de necessitar do capital. Ponha de parte algum dinheiro (no mínimo, o correspondente a 3 a 6 meses do orçamento familiar), disponível a qualquer momento, para fazer face a imprevistos. Aconselhamos depósitos a prazo.
Depósitos a prazo
A favor:
- rendimentos relativamente interessantes nalguns bancos (taxas de juro variam de 0,08% a 3,14%, para depósitos a 12 meses);
- capital garantido;
- rendimentos periódicos (mensais, trimestrais, etc.) na conta à ordem;
- disponíveis em todos os bancos.
- pode perder juros se levantar antes do prazo;
- eventuais custos na conta à ordem associada.
A favor:
- remuneração indexada à taxa Euribor;
- prémio de permanência;
- garantia do Estado;
- facilidade de subscrição nas estações dos CTT;
- sem custos.
- dinheiro indisponível nos primeiros 3 meses;
- atual taxa de remuneração de base é reduzida e há depósitos a prazo com taxas superiores;
- alterações à lei arrasaram a fórmula de cálculo do rendimento.
A favor:
- levantamento em qualquer altura sem perda do rendimento acumulado (pré-aviso entre 1 a 3 dias).
- sem garantia de rendimento, nem de capital;
- comissão de gestão elevada nalguns fundos;
- em média, mau desempenho nos últimos anos.
A favor:
- capital e rendimento garantidos se a OT for mantida até ao vencimento;
- rendimentos anuais provenientes dos cupões;
- há OT que permitem aplicar por períodos muito longos, até 12 anos.
- custos de transação em Bolsa;
- mínimo recomendado de 2500 euros;
- funcionamento pouco intuitivo;
- possíveis perdas de capital, caso a venda ocorra antes da data de vencimento.
O nome engana: estes fundos são adequados para aplicar entre 6 meses e 3 anos.
A favor:
- levantamento com pré-aviso de poucos dias;
- remuneração aproximada à taxa Euribor;
- disponíveis em quase todos os bancos.
- sem garantia de rendimento, nem de capital;
- possíveis comissões de resgate;
- comissão de gestão elevada nalguns fundos;
- em média, rentabilidades têm dececionado.
A favor:
- capital garantido no final do prazo;
- em regra, rendimento definido à partida ou evolui com a taxa Euribor.
- levantamento antecipado pode ser impossível ou implicar a perda de capital e/ou rendimento.
A favor:
- em regra, capital garantido no final do prazo;
- possibilidade de obter um rendimento superior ao dos depósitos a prazo.
- rendimento muito incerto e dependente de fórmulas complexas, pode não ganhar nada;
- levantamento antecipado pode ser impossível ou implicar a perda de capital.
A favor:
- rendimento potencial superior às taxas de curto prazo (Euribor);
- possibilidade de investir em imóveis com pequenos montantes, desde 500 euros.
- sem garantia de rendimento, nem de capital;
- custos superiores a outro tipo de fundos.
A favor:
- dívida emitida pelo Estado;
- rendimento muito aproximado das OT a 5 e 10 anos, consoante o prazo aplicado;
- capital garantido em qualquer momento;
- permite resgate antecipado, total ou parcial, nas datas anuais de pagamento de juros.
- para períodos inferiores a 5 anos, há depósitos a prazo mais rentáveis.
A favor:
- montante mínimo reduzido, desde 500 euros;
- carteira com alguma diversificação;
- beneficiam da descida das taxas de longo prazo e/ou ganhos cambiais.
- risco baixo a médio baixo;
- sem garantia de rendimento, nem de capital;
- conveniente diversificar por fundos de várias categorias;
- perda em caso de subida das taxas de juro de longo prazo e/ou variações cambiais desfavoráveis.
A favor:
- montante mínimo reduzido, desde 500 euros;
- carteira com alguma diversificação;
- elevado potencial de valorização das Bolsas.
- risco médio a muito elevado;
- sem garantia de rendimento, nem de capital;
- imprescindível diversificar por fundos de várias categorias;
Fundos mistos
A favor:
- montante mínimo reduzido, desde 500 euros;
- carteira diversificada;
- potencial de valorização dos mercados de ações e obrigações.
- risco muito baixo a médio baixo;
- sem garantia de rendimento, nem de capital;
- gestão feita totalmente pela sociedade gestora.
Apesar da designação, geralmente o capital não está garantido, pois são produtos com várias opções de investimento sob a forma de fundos. As vantagens e inconvenientes são semelhantes aos fundos de ações, obrigações ou mistos.
Seguros com capital garantido
A favor:
- montante mínimo reduzido, desde 250 euros;
- garantia de capital e, por vezes, com rendimento mínimo;
- menos impostos sobre os rendimentos (17,2% e 8,6%, para prazos acima de 5 e 8 anos, respetivamente, em vez da habitual taxa de imposto de 21,5 por cento).
- comissões de subscrição e gestão elevadas;
- penalizações por levantamento antecipado;
- baixo potencial de valorização.
A favor:
- elevado potencial de valorização;
- gestão direta pelo investidor.
- risco elevado;
- sem garantia de rendimento, nem de capital;
- mínimo recomendado de 20 mil euros;
- acompanhamento permanente dos mercados.
A favor:
- carga fiscal mais reduzida no resgate.
- benefício fiscal das entregas muito difícil de obter, só para famílias com muito baixo rendimento;
- comissões superiores a produtos financeiros semelhantes, nomeadamente na subscrição e entregas;
- resgate sem penalização fiscal a partir dos 60 anos, entrada na reforma ou outros casos definidos na lei;
- nos últimos 5 anos antes do vencimento, as entregas não têm benefício fiscal.
A favor:
- sem custos.
- reduzida liquidez. Não permitem resgate antecipado;
- difícil obter o benefício fiscal;
- carteira única para todos os investidores;
- rendimento incerto;
- sem capital garantido.
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