terça-feira, 12 de junho de 2012

Poupar para a reforma: onde investir

Poupar para a reforma: onde investir



Comece já a preparar a reforma. Há soluções para aplicar as poupanças e assegurar um melhor rendimento após abandonar a vida ativa.

Com maior ou menor risco, pode adequar o investimento em produtos financeiros, como seguros de capitalização, fundos de investimento e planos de poupança-reforma, entre outros, ao seu perfil e período de aplicação. Se tiver um património considerável, também pode aplicar no setor imobiliário ou em ações.
Quanto mais longo for o prazo, mais importante é a rentabilidade. Por exemplo, se poupar € 50 por mês a partir dos 40 anos, obtém um capital acima de € 25 mil aos 65 anos (considerando uma rentabilidade média de 4% ao ano). É preferível constituir uma poupança pouco a pouco do que adiar esta decisão. Consegue atingir uma poupança considerável a partir de quantias reduzidas.
Não aplique todos os montantes em produtos a longo prazo. Corre o risco de necessitar do capital. Ponha de parte algum dinheiro (no mínimo, o correspondente a 3 a 6 meses do orçamento familiar), disponível a qualquer momento, para fazer face a imprevistos. Aconselhamos depósitos a prazo.
Depósitos a prazo
A favor:

  • rendimentos relativamente interessantes nalguns bancos (taxas de juro variam de 0,08% a 3,14%, para depósitos a 12 meses);
  • capital garantido;
  • rendimentos periódicos (mensais, trimestrais, etc.) na conta à ordem;
  • disponíveis em todos os bancos.
Contra:

  • pode perder juros se levantar antes do prazo;
  • eventuais custos na conta à ordem associada.
Certificados de Aforro
A favor:
  • remuneração indexada à taxa Euribor;
  • prémio de permanência;
  • garantia do Estado;
  • facilidade de subscrição nas estações dos CTT;
  • sem custos.
Contra:

  • dinheiro indisponível nos primeiros 3 meses;
  • atual taxa de remuneração de base é reduzida e há depósitos a prazo com taxas superiores;
  • alterações à lei arrasaram a fórmula de cálculo do rendimento.
Fundos de tesouraria em euros
A favor:

  • levantamento em qualquer altura sem perda do rendimento acumulado (pré-aviso entre 1 a 3 dias).
Contra:

  • sem garantia de rendimento, nem de capital;
  • comissão de gestão elevada nalguns fundos;
  • em média, mau desempenho nos últimos anos.
Obrigações do Tesouro (OT)
A favor:
  • capital e rendimento garantidos se a OT for mantida até ao vencimento;
  • rendimentos anuais provenientes dos cupões;
  • há OT que permitem aplicar por períodos muito longos, até 12 anos.
Contra:

  • custos de transação em Bolsa;
  • mínimo recomendado de 2500 euros;
  • funcionamento pouco intuitivo;
  • possíveis perdas de capital, caso a venda ocorra antes da data de vencimento.
Fundos de obrigações euro (curto prazo)
O nome engana: estes fundos são adequados para aplicar entre 6 meses e 3 anos.
A favor:

  • levantamento com pré-aviso de poucos dias;
  • remuneração aproximada à taxa Euribor;
  • disponíveis em quase todos os bancos.
Contra:

  • sem garantia de rendimento, nem de capital;
  • possíveis comissões de resgate;
  • comissão de gestão elevada nalguns fundos;
  • em média, rentabilidades têm dececionado.
Obrigações de caixa (excluindo ICAE)
A favor:

  • capital garantido no final do prazo;
  • em regra, rendimento definido à partida ou evolui com a taxa Euribor.
Contra:

  • levantamento antecipado pode ser impossível ou implicar a perda de capital e/ou rendimento.
Instrumentos de captação de aforro estruturado (ICAE)
A favor:

  • em regra, capital garantido no final do prazo;
  • possibilidade de obter um rendimento superior ao dos depósitos a prazo.
Contra:

  • rendimento muito incerto e dependente de fórmulas complexas, pode não ganhar nada;
  • levantamento antecipado pode ser impossível ou implicar a perda de capital.
Fundos imobiliários
A favor:

  • rendimento potencial superior às taxas de curto prazo (Euribor);
  • possibilidade de investir em imóveis com pequenos montantes, desde 500 euros.
Contra:

  • sem garantia de rendimento, nem de capital;
  • custos superiores a outro tipo de fundos.
Certificados do Tesouro
A favor:

  • dívida emitida pelo Estado;
  • rendimento muito aproximado das OT a 5 e 10 anos, consoante o prazo aplicado;
  • capital garantido em qualquer momento;
  • permite resgate antecipado, total ou parcial, nas datas anuais de pagamento de juros.
Contra:

  • para períodos inferiores a 5 anos, há depósitos a prazo mais rentáveis.
Fundos de obrigações (médio/longo prazo)
A favor:

  • montante mínimo reduzido, desde 500 euros;
  • carteira com alguma diversificação;
  • beneficiam da descida das taxas de longo prazo e/ou ganhos cambiais.
Contra:

  • risco baixo a médio baixo;
  • sem garantia de rendimento, nem de capital;
  • conveniente diversificar por fundos de várias categorias;
  • perda em caso de subida das taxas de juro de longo prazo e/ou variações cambiais desfavoráveis.
Fundos de ações
A favor:

  • montante mínimo reduzido, desde 500 euros;
  • carteira com alguma diversificação;
  • elevado potencial de valorização das Bolsas.
Contra:

  • risco médio a muito elevado;
  • sem garantia de rendimento, nem de capital;
  • imprescindível diversificar por fundos de várias categorias;
Carteira de fundos: a longo prazo, combine o investimento em fundos de ações e obrigações de taxa fixa, ou seja, constitua uma carteira de fundos. Consulte a estratégia de investimento. Para uma diversificação ideal, é aconselhável aplicar um mínimo de 10 mil euros.
Fundos mistos
A favor:

  • montante mínimo reduzido, desde 500 euros;
  • carteira diversificada;
  • potencial de valorização dos mercados de ações e obrigações.
Contra:

  • risco muito baixo a médio baixo;
  • sem garantia de rendimento, nem de capital;
  • gestão feita totalmente pela sociedade gestora.
Seguros sem capital garantido ("unit linked")
Apesar da designação, geralmente o capital não está garantido, pois são produtos com várias opções de investimento sob a forma de fundos. As vantagens e inconvenientes são semelhantes aos fundos de ações, obrigações ou mistos.
Seguros com capital garantido
A favor:

  • montante mínimo reduzido, desde 250 euros;
  • garantia de capital e, por vezes, com rendimento mínimo;
  • menos impostos sobre os rendimentos (17,2% e 8,6%, para prazos acima de 5 e 8 anos, respetivamente, em vez da habitual taxa de imposto de 21,5 por cento).
Contra:

  • comissões de subscrição e gestão elevadas;
  • penalizações por levantamento antecipado;
  • baixo potencial de valorização.
Ações (investimento direto)
A favor:

  • elevado potencial de valorização;
  • gestão direta pelo investidor.
Contra:

  • risco elevado;
  • sem garantia de rendimento, nem de capital;
  • mínimo recomendado de 20 mil euros;
  • acompanhamento permanente dos mercados.
Planos Poupança Reforma (PPR)
A favor:
  • carga fiscal mais reduzida no resgate.
Contra:

  • benefício fiscal das entregas muito difícil de obter, só para famílias com muito baixo rendimento;
  • comissões superiores a produtos financeiros semelhantes, nomeadamente na subscrição e entregas;
  • resgate sem penalização fiscal a partir dos 60 anos, entrada na reforma ou outros casos definidos na lei;
  • nos últimos 5 anos antes do vencimento, as entregas não têm benefício fiscal.
Certificados de reforma do Estado
A favor:
  • sem custos.
Contra:

  • reduzida liquidez. Não permitem resgate antecipado;
  • difícil obter o benefício fiscal;
  • carteira única para todos os investidores;
  • rendimento incerto;
  • sem capital garantido. 

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